quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Amor, assim mesmo, simples e puro

Ela gaguejava, tentava falar as palavras, mas elas não saiam.
Eles estavam ali, sentados, conversando apenas. Conversando com olhares, mas estavam se entendendo assim, então...
Mas ela ainda tentava falar, sei lá, se sentia meio besta tentando falar tudo aquilo, nunca havia sentido isso por alguém.
Até que as palavras saltaram da sua boca, e quando ela percebeu, ela já havia dito:
- Eu amo você
Ela olhou para os lados, se sentindo meio boba por sentir isso por alguém.
Ele riu, e disse:
- É, eu também.
Alívio.
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Beijos,
Julia

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Amigos

A minha dor não me encomodava mais, eu estava com eles, nada mais me importava.
Eles riam das piadas sem graça e contavam histórias estranhas, mas estavam felizes e embora eu não estivesse, estava bem ali, somente bem.
Simplesmente estava triste, mas ali, naquele momento, a única coisa que me importava eram eles, pois perto deles, a dor que antes era tão grande dentro de mim, parecia quase insignificante.
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Beijos,
Julia

Abraço

Eu o abraçava.
Abraçava e torcia para que ele me apertasse com toda a força que podia!
Porque me apertando, eu me sentia protegida e tudo o que eu queria naquele momento era me sentir assim, parecia que eu era vulnerável à tudo ao meu redor, porém, percebi do que eu tentava me proteger, não era algo externo, era algo dentro de mim, no coração.
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Beijos,
Julia

Meu mundo

Se eu pudesse morrer naquele momento, seria isso que eu escolheria.
Não apenas pelo que ele estava me falando, claro que não! Aquilo eu aguentava e aceitava, mas eu não estava bem!
Eu teria que conviver com tudo aquilo! Com as mesmas pessoas, me perguntando o que havia acontecido, e eu não podendo explicar, mas eles esperando uma explicação. Eu não queria aquilo, naquele momento eu queria me afastar, me fechar no meu mundo, mas ninguém me entendia.
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Beijos,
Julia

Cicatriz

Eu olhava para suas costas.
Olhava para as costas dele, porque, afinal, era muito mais fácil encarar seus músculos do que seus olhos, eram mais fáceis de lida! Menos penetrantes e mentirosos.
Era difícil pensar em não olhar mais nos seus olhos, os olhos que me conquistaram e que eu sempre amei tanto, mas era necessário, não queria correr o risco de me iludir novamente, então, para o bem das cicatrizes que estavam abertas no meu coração, eu me recusava a olhar!
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Beijos,
Julia

Amigo especial

Algo me sufocava e eu não sabia o que era. Simplesmente me apertava e não me deixava respirar, viver.
Olhei para frente, ele estava lá, rindo com os amigos.
Ele olhou pra mim e sorriu. Seus olhos azuis me cativaram e me fizeram lembrar de outra época, numa época que eu era... feliz!
Saí correndo e o abracei.
Tudo o que eu precisava era de um abraço de amigo, alguém que me amasse de verdade.
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Beijos,
Julia

sábado, 4 de setembro de 2010

A lua

Ele estava ali, sentado, olhava para a lua, inquieto. Estava linda! Simplesmente deslumbrante!
Ele pensava nela, pensava em tudo! Pensava em como havia sido horrível a sua perda! De repente foi dominado por algo: saudade! Saudades de tudo, das brigas, risos, choros, passeios, broncas... que saudade!
Então, ele lembrou de algo, uma cena que ocorrera a tantos anos atrás:
"Era uma tarde linda, o sol brilhava no alto do céu, mostrando o quão lindo o dia estava.
Os dois corriam e riam. Eram tão felizes ali!
De repente, pararam, e ficaram ali, abraçados.
E ela então sussurrou para ele:
- Eu sempre te amarei, sempre!"
A lua ainda estava lá, rodeada de estrelas. Foi naquele momento, sentado na cadeira de balanço, que ele percebeu, percebeu que ela sempre estaria com ele, cumprindo o que havia prometido, porque, afinal, eles sempre se amariam, até além da eternidade!
E ele então, sentiu algo, a presença dela! Sua mãe também estava ali, admirando a lua e cumprindo o que havia prometido, que o nunca o deixaria, nem depois da morte.