terça-feira, 5 de julho de 2011

Longa vida à Harry Potter

Eu sei que vai parecer estranho pra vocês, e muita gente não vai entender, mas eu estava pensando… Eu vivi 7 anos da minha vida com isso tudo, e quando o último filme sair? O que eu vou fazer? Quer dizer, eu sei que não acabou. Eu posso rever todos os filmes e reler todos os livros. Mas de certa forma é um fim sabe. E isso me deixa muito mal sabe, quer dizer… eu sempre soube que um dia acabaria, mas eu queria tanto aquela ansiedade de novo pra um novo livro ou filme ser lançado, eu queria ver todas as novas entrevistas deles falando sobre o filme, ou então, novas cenas pra eu ficar vendo e revendo ou lendo e relendo o tempo todo, mas não vai mais ter isso. Não é realmente um fim, mas de certa forma é um fim, e a ideia de Harry Potter ter um fim, simplesmente acaba comigo. Sabe aquelas frases que recentemente temos escutado? Só vai acabar quando o último coração que acredita em magia parar de bater ou aquela Não é o fim ou então aquela assim Nunca vai ter um fim; eu concordo com todas elas. Mas além de chorar, o que eu vou fazer depois que lançarem o último filme? Mas quer saber? Eu não vou mais pensar em quando for acabar, eu ainda tenho alguns dias, não? Eu só vou agradecer por ter passado parte da minha infância e adolescência trancada no meu quarto nesse mundo maravilhoso de magia, agradecer por ter feitos loucuras, e por ter sido criticada e mesmo assim ainda ser a fã que sou hoje. Porque eu estava lá, em Hogwarts. Eu estava lá quando Harry, Ron e Hermione passaram pelo Fofão, eu estava lá quando a Câmara Secreta foi aberta novamente, eu estava lá quando o padrinho “mais assustador” do mundo bruxo fugiu da prisão mais assustadora do mundo bruxo, eu estava lá quando Voldemort voltou e Harry ganhou a taça tribruxo, eu estava lá aprendo os feitiços na Armada de Dumbledore e lutando contra os comensais no Ministério da Magia, eu estava lá tentando descobrir quem era o prícipe mestiço e também estava lá lutando contra todos enquanto Voldemort e seus seguidores destruiam a minha casa. Eu estava lá, eu vivi tudo aquilo. Então, eu agradeço por ter sentido tudo o que senti, por ter estado lá, por gastar meu tempo com algo tão maravilhoso, por ter sido tão real e obrigada por ter vivido esse mundo de sonhos loucos e cheio de magia da maneira que eu vivi. Obrigada por me mostrarem tantos tipos diferentes de amor e o poder de todos eles. Obrigada por fazerem parte de quem eu sou. Obrigada Harry e J.K. que tornou tudo isso real. Nós somos e sempre seremos a geração Harry Potter.
- Julia H. Pereira

sábado, 18 de junho de 2011

Palavras soltas numa tarde de outono

Batom no copo, um pouco de café e cigarros. Um fim de tarde rindo, falando besteiras com você. Lendo um livro ou assistindo um filme de comédia romântica. Prestando pouca atenção no filme e mais atenção nos seus dedos se entrelaçando nos meus. Risos, um beijo. Olho no olho. Juras de amor eterno. Outono, andar com você de mãos dadas. Um abraço, um beijo. Uma noite de amor.
- Julia H. Pereira

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Vivendo num mundo de tolos

O mundo é dividido em vários tipos de tolos. Existem 3:
O tolo nº 1: O que não sabe amar.
O tolo nº2: O que ama em segredo.
O tolo nº3: O que ama.
Eu já fui o tolo nº1. Na verdade, todos já foram ou ainda são! Afinal, quando se é criança é difícil amar sua mãe incondicionalmente, amar seu pai além das brigas e amar o seu irmão. Quando se é criança simplesmente não se entende o amor, você só passa a entendê-lo quando vira o tolo nº2 e/ou 3.
O tolo nº 2 é tolo, pois o amor já vive em seu coração e ele prefere ficar calado. Tolo, pois quem ama tem que contar pra todo mundo. Amar não é vergonha.
O tolo nº3 é tolo pois o amor é sentimento de tolos. Só o amor transforma alguém em tolo. Tolo, pois é dominado por um sentimento e faz de tudo por ele.
Sabe-se que a tolice e o amor estam relacionados, afinal, o amor é um sentimento de tolos.
- Julia H. Pereira

Verdades

Falsidade. Por que será que é tão difícil falar a verdade? É tão difícil assim dizer o que realmente sente?
Falar que não gosta de alguém é tão difícil? Pois eu falo. Não gosto de você!
Pronto, falei.
É tão difícil falar que você ama alguém com todas as forças? Pois eu falo. Eu amo você! Com todas as forças, da maneira mais louca possível.
Caramba, não é tão difícil.
Que hipocrisia é essa das pessoas viverem na mentira? A verdade dói, mas não ilude.
Não gosto de faxinas, mas está na hora de uma limpeza na minha vida. De deixar só quem importa, só quem se preocupa, só quem não mente.
- Julia H. Pereira

Oposto

Ao mesmo tempo que somos totalmente iguais, somos extremamente diferentes. Eu sou o caos, ele é a calmaria. Ele espera, eu atropelo. Eu vivo o amanhã, ele vive o agora. Ele é música, eu sou filme. Eu falo com todo mundo, ele tem um ou dois amigos. Ele é sorriso, eu sou lágrimas. Eu sou ketchup, ele é mostarda. Ele é suco, eu sou coca. Eu sou à base de gordura, ele é à base de salada. Ele odeia chocolate, eu não vivo sem. Eu adoro festas, ele ama ficar em casa. Ele é campo, eu sou praia. Eu sou fogo, ele é água. Ele sempre se desculpa, eu sou orgulhosa. Eu falo tudo, ele guarda. Ele é matemática, eu sou português. Eu falo demais, ele fala de menos. Ele é beijo, eu sou abraço. Mas somos iguais também, temos muitas coisas em comum. Sentimos as coisas intensamente, queremos o mesmo da vida. Somos felizes só pelo fato de ter o outro por perto, e, principalmente, amamos.
- Julia H. Pereira

O erro

Grandes acertos surgiram do erro.
O erro é tão temível e apavorante que todos tentam fugir, mas se esquecem... Será que o acerto teria algum valor sem o erro? Se o erro não existisse, qual seria a graça?
O acerto não seria nada sem o erro.
Será que é tão errado assim errar?
Caramba, erre! Erre o quanto puder, o quanto quiser, que é pra quando o acerto trombar com você, ele ser muito mais prazeroso!
Erre, pois assim terá histórias pra contar. Erre, porque não somos perfeitos. Erre, porque de erros surgem acertos. Erre, porque errar é viver.
- Julia H. Pereira

Sofrer é verbo de tolos

Sofrer é um verbo de tolos. Só quem é tolo conhece o sofrimento. Sabe-se que só sofre o tolo que se importa, e que mesmo sabendo que se importando sofrerá, se importa. Muitos associam sofrimento a amor, não sabem o quanto equivocados estam; o sofrimento e o amor são sentimentos de tolos, porém, não tem relação alguma entre si. O amor torna quem ama tolo e é a tolice que faz o sofrimento.
- Julia H. Pereira

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Fim de mundo

Estam dizendo que hoje é o fim do mundo… não acredito nisso. O fim do mundo já chegou, na verdade, chega todos os dias. Com a falta de amor, de compaixão, com as guerras, com as perdas. O fim do mundo é a fome, é a falsidade, é a pobreza. O fim do mundo são os mendigos do Brasil, a fome da Àfrica, as tragédias do Japão, o caos dos EUA; isso sim é fim de mundo, na verdade, fim da humanidade. Fim da humadidade que nunca parou diante de Deus durante um minuto, e, agradeceu o planeta e a vida maravilhosa que Ele nos deu. Fim da humanidade que durante toda a sua vida só soube reclamar dos problemas e questionar a existência Dele. Fim da humanidade que nunca soube o significado de ser humano.

- Julia H. Pereira

Os errados

A gente passa a vida inteira confiando em quem não deve, e então, pára de confiar nos outros, aí alguém diferente entra na sua vida, e então, você não confia, pois acha que essa pessoa é igual a todas as outras. É assim que se perde amigos.

- Julia H. Pereira

Elas

Nenhuma garota gosta quando a chama de “gostosa”, elas gostam quando escutam: “seu sorriso é o meu motivo pra sorrir”, nenhuma garota procura alguém para “uma noite”, elas procuram pro resto da vida. Ninguém é verdadeiramente uma “puta”, essa é só uma máscara, porque todas as garotas, no fundo, já se apaixonaram perdidamente e quebraram a cara com isso, já quiseram ser amadas, ter um amor de verdade. Toda garota já se arrumou para alguém, já quis mostrar que superou, já falou de alguém pra fazer ciúmes. No fundo, todas são iguais, mas tem aquelas que assumem tudo isso, que assume que já gostou muito de alguém e se decepcionou, e então, se apaixonou de novo e se decepcionou mais uma vez, e de novo, e de novo, e de novo… Mas nem por isso deixou de acreditar no amor. E tem aquelas que por medo ou insegurança, vestem uma máscara, tentando se mostrar durona, tentando fechar o coração pro amor, pra sempre.

- Julia H. Pereira

Arrependimentos, invejosos e egoísmo

Você conhece pessoas que querem tirar tudo de você? Acredite quando digo tudo; seus amigos, sua melhor amiga, o menino que você gosta, o seu lugar na sala de aula, o seu lugar no coração dos outros. Quer roubar você de você mesmo. Pois é, por mais estranho que pareça, pessoas assim existem e eu conheço algumas delas. Essa história toda pode parecer fraqueza, egoísmo, até possessão, pois que pareça, não me importo. Já deixei de me importar com as coisas a muito tempo, deixei de me importar com ações desesperadas, com os sentimentos, com as pessoas, afinal, ninguém nunca se importa com isso, só eu, e eu sempre me arrependi no fim.

- Julia H. Pereira

Por tudo

Desculpa, desculpa por tudo. Por todas as vezes que eu te magoei, por todas as vezes que eu fiz e falei algo que não devia, me desculpa por ser tão fraca e tão forte ao mesmo tempo, desculpa por precisar tanto assim de você, desculpa por não ser forte o tempo todo, desculpa por te amar tanto. Desculpa, desculpa, desculpa, mas é que eu tenho essa mania de cometer erros.

- Julia H. Pereira

Ele?

Ele? Ele ta bem, bem longe de mim, bem indiferente pra mim. Às vezes eu sinto falta, saudades; não dele, mas do efeito dele sobre mim, saudades de como tudo era antes. Se dói? Ah, às vezes dói, mas quase nunca, ele me ajudou a enxergar o que é o amor e quem eu amo de verdade. Ele me ajudou a crescer, e a construir um muro na minha volta para que as pessoas não me machucassem mais, de vez em quando elas perfuram esse muro e acabam me machucando, mas não me desestruturo mais; agora eu sou forte! Talvez eu sempre tenha sido forte, mas não achava essa força, mas agora eu sei onde ela está e vou em busca dela o tempo todo.

- Julia H. Pereira

sábado, 26 de março de 2011

Ele era o motivo

Ele era o motivo. Ele se tornou tão completa e inevitavelmente o motivo de minha existência. Simplesmente por estar lá, por sempre ter estado lá.
Afinal, ele sempre foi forte por ter ficado ao meu lado a todo o momento, talvez pelo fato de ter estado lá, de nunca ter me deixado é que eu não notei antes. Impressionante como notamos significadamente a ausência de alguém, mas a presença às vezes é quase ignorada.
Eu nunca percebi quem realmente me amava, e não me orgulho disso. Eu sempre fui tão preocupada em amar quem eu queria que me amasse, que aqueles que me amavam passaram despercebidos por mim.
E então, quando ele finalmente desistiu, quando ele resolveu ir embora, eu notei. Eu percebi que o amava e sempre o amei.
Eu percebi porque o seu sorriso não era mais visível pra mim, suas palavras não estavam mais ali para me confortar, ninguém mais notava quando eu estava triste apenas olhando pra mim, ninguém sabia quando eu precisava apenas de um abraço apenas pelo olhar.
Ele desistiu de mim.
Mas como podia? Como podia me abandonar se ele era agora o motivo de minha existência?
Não adiantava ele ir embora, não adiantava se estava perto ou longe, porque tudo o que aprendi e senti com ele, porque uma parte dele sempre estaria comigo e uma parte minha sempre estaria com ele.
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Beijos,
Julia

Verdades malditas

Hoje eu me deparei com uma verdade tão ruim. Na verdade, eu sempre soube desta verdade, mas ela nunca me atingiu, talvez, porque eu não tenha percebido o peso e o sentido dessa verdade.
Essa verdade nunca fez diferença pra mim, mas hoje fez. Porque uma onda de tristeza atingiu minha alma e tomou conta de mim.
A morte.
Eu nunca a temi, mas hoje foi completamente diferente. Hoje eu tive medo do fim da vida.
Pois... não é desesperador você saber que tudo o que você está vivendo agora, um dia não vai mais ser nada!? Não é estranho alguém estar lá, e de repente... PUF, não está mais?
Eu não senti isso quando meu avô se foi. Eu não senti tristeza, raiva, medo ou dor, nada. Não que eu seja fria, mas não senti como se ele tivesse ido embora pra sempre, eu senti como se ele estivesse em casa, vivendo, mas eu não pudesse ir visitá-lo.
Mas na verdade, é isso mesmo, não é? Quando alguém morre significa que ela voltou pra casa e que você ainda não pode ir visitá-la, não é mesmo?
Sabe, eu não fui no enterro dele, eu queria ter uma lembraça boa de meu avô, não uma lembrança ruim como aquela. Então, eu não fui. Talvez por isso eu pense que a morte é um retorno para casa.
Por tudo isso, não me importaria se eu morresse e alguém não fosse ao meu enterro, se ela se sentir melhor não indo, melhor não ir.
Mas a morte... esse meu medo repentino de morrer, me fez pensar que a vida passa muito rápido, e eu quero aproveitá-la o máximo que puder!
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Beijos,
Julia

Complicado

Eu nunca entendi esse negócio chamado amor. Claro, sempre soube pelo que os outros diziam, aquilo que faz você sentir borboletas no estômago, coração acelerado, mas isso nunca definiu muita coisa. Sempre me disseram que o amor era maravilhoso, meio inexplicável, forte demais.
Foi aí que eu conheci ele.
Ele de repente se tornou tudo, a razão de tudo, o motivo de tudo. Minha cabeça devagava por aí, por onde ele estava, o que estava fazendo ou pensando... Eu senti algo realmente grande em mim.
E então, eu virei viciada. É, vicei mesmo, vicei de verdade, vicei com todas as minhas forças, viciei nele, porque ele era a droga mais maravilhosa, ele se tornou necessário, na realidade, tudo nele se tornou necessário.
Necessário pois o meu dia não valia a pena se não olhasse em seus olhos, não sentisse seus braços em volta de mim ou se eu não visse o sorriso dele, o sorriso mais lindo do mundo, o sorriso capaz de fazer qualquer um sorrir também.
Eu não queria viciar nele, mas eu não consegui resistir. Eu que sempre fui tão forte, forte pra resistir muitas outras coisas, não consegui resistir a ele.
Porém, não resistindo, passei a viver com medo, medo de perdê-lo.
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Beijos,
Julia

domingo, 13 de março de 2011

Medo de amar

Por algum motivo eu ando meio perdida ultimamente, meio sem rumo. Tenho feito coisas diferentes, tenho sido menos eu. Na verdade, eu estou assim a um bom tempo, eu resolvi mudar de vida, um regime, talvez uma tinta no cabelo, ações diferentes, eu resolvi mudar, ser diferente, ser mais do que eu era antes, mas... talvez mudar assim, signifique que eu tenho sido menos eu mesma, agora eu sou prática, sou objetiva, ou quer ou não quer, antes eu era a sonhadora, a que acreditava em tudo. Isso me fez sofrer, resolvi não sofrer mais.
Ultimamente eu tenho lembrado de coisas, feito coisas, sonhado coisas, percebido coisas. Os sinais dele estão começando a ser óbvios para mim. Mas eu tenho tanto medo, medo de me iludir.
A boa notícia é que eu sinto meu coração de novo, desde que eu resolvi mudar, não sentia mais nada, me sentia fria, achava que nunca iria superar, que o buraco que fizeram no meu coração existiria ali para sempre. Mas não... agora eu posso sentí-lo batendo aqui de novo, eu posso sentir frios e arrepios de novo, eu superei, na verdade não havia dúvida de que eu superaria, afinal, eu sempre supero, a dúvida era se iria demorar. Agora eu posso amar de novo, amar... não gostar!
Na verdade eu sempre amei, eu fugi desse amor, porque a ideia de amar tão cedo e tão intensamente sempre me assustou um pouco, então eu fugi, tentei mudar o alvo, porque eu não amaria o alvo, um alvo tão medíocre, foi um alvo errado, que bom! Se tivesse sido um alvo certo talvez eu tivesse amado, tivesse sofrido mais. Talvez não tivesse sofrido não, eu nunca entendo esse negócio chamado sofrimento, por que sofremos? Sofremos por uma paixão não correspondida, ou por um amor? Paixão é apenas dúvida, fogo. Amor não, amor é mais, é bem mais que isso, só quem ama sabe como é, mas porque sofremos por amor? Sofremos só por amar? Só por amar não... sofremos por amar. O meu alvo foi apenas uma paixão, o que estava fácil na hora? Apenas uma distração que eu superei, eu consegui fugir do amor por algum tempo, mas depois, o amor voltou a me perseguir.
Talvez o amor goste de mim, ou eu goste dele, será que o amor realmente me persegue ou que o persigo? Será que é uma via de mão-dupla?
A verdade é que eu sempre o amei, não o alvo, o outro, que não era simplesmente o outro, ele era O outro, O certo, mas eu escondi o amor tão bem dentro de mim que passei a acreditar que não o amava mais, a verdade é que eu sempre fugi desse amor, sempre o amei, mas não deu certo, porque ele me prendeu de tal maneira que seria impossível não amar.
Eu tenho a impressão de que ele é o homem da minha vida, isso é loucura? Será que na adolescência nós já sabemos qual a definição de amor de verdade? Será que eu sei o que quero pra mim? O que eu quero sentir, o que eu quero viver? Eu tenho medo da loucura, prefiro morrer a ficar louca. A loucura sempre me perseguiu, a loucura é quando eu perco o juízo e falo o que sinto, a loucura é algo que vem de repente e me faz falar tudo.
Esses dias quase cometi uma loucura, eu disse que precisava repetir todo dia a mim mesma que ele me amava, e ele disse: "Mas por que você precisa ter tanta certeza?" Por quê? Bem, meu amor, porque eu preciso me lembrar todos os dias que tem alguém que me ama, que se importa comigo, alguém que eu possa confiar, alguém que eu possa ter certeza de que jamais me abandonaria. Entenda, eu já sofri demais, pessoas que eu amava muito já me magoaram muito, já perdi paixões, já perdi amizades importantes, já dei muito crédito e confiei demais em alguém que quando eu mais precisei me virou as costas... Entende agora? Eu não posso perder tempo com pessoas que eu não tenho certeza se me amam, eu só quero um amor verdadeiro, um amor real, uma escolha, eu não posso perder tempo com "achismos", não gosto quando acham alguma coisa, quando acham que me amam, ou amam ou não, mas às vezes eu esqueço que as pessoas mentem, por isso eu sempre pergunto se você ainda me ama, pois se não ama mais hoje, significa que nunca amou, e eu não quero alguém que minta pra mim. Eu preciso saber se você me ama, independente da forma, do tanto, do jeito, apenas me ame.
Você tem o sorriso mais cativante, o abraço mais protetor, esses dias me peguei pensando no seu toque, no seu perfume, nos seus braços, eu sempre me perco quando estou com você.
Eu tenho tanto medo! O tempo está passando rápido demais, e eu aqui, parada, esperando algo acontecer. E se meu tempo acabar? E se você for embora? Eu tenho medo que você vá embora, eu não suportaria, eu sei disso, mas uma hora tudo acaba, não é? E em algum momento você vai embora, eu sei. Parece que ficar longe de você é impossível, eu me tornei dependente de você de alguma maneira. Dependente de uma forma ruim ou de uma forma boa?! Toda dependência é ruim... porque uma hora ou outra você terá que se reabilitar, e toda reabilitação requer esforço, vontade, ... porque se você não se rebilita você enlouquece! E talvez eu não queira me reabilitar, talvez eu queira ser dependente de você pra sempre. Viu? Falei que a loucura me perseguia.
Se por um lado eu quero viver um grande amor, por outro o medo me consome. Eu já gostei de outros, mas era diferente, nenhum deles foi você, com você é diferente, eu quero viver com você pra sempre, casar, ter filhos. Eu quero que você saiba que tem amor dentro de mim.
Eu acho que estou amando e eu tenho medo de amar.

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Beijos,
Julia

domingo, 6 de março de 2011

Carta

Filho,
Já faz dois anos que parti. Agora estou no céu, escrevendo esta carta a você, na esperança de que leia e se sinta mais protegido.
Papai do céu está do meu lado, me fortalecendo, e dizendo que de alguma maneira você lerá esta carta. Sabe, Ele não é como dizem... não é barbudo nem nada. Ele é a coisa mais linda que já vi, é envolvido por uma luz e é dono de um coração gigante. Enfim...
Sinto tanto sua falta, sinto saudades de suas risadas, conversas e até das noites que expulsava seu pai da cama para poder dormir ao meu lado. Sinto falta dos seus abraços e choros! Sinto muita saudades...
Eu sei que as coisas não estão fáceis por você, pra mim também não. Eu sinto tanta dor quando vejo as lágrimas escorregando pelo seu rosto, eu sinto uma dor muito grande, e sempre vou enxugá-las, mas de certa forma me sinto compadecida, mostra que eu ainda não caí no esquecimento.
Oh, querido! você cresceu tanto! Não é mais aquele garotinho que eu carregava no colo. Agora é quase homem feito! É bonito, inteligente... aah, e saiba que eu aprovo sua namorada, ela é uma graça.
Filho, nunca se esqueça da mamãe olha por você! Eu sempre olhei e jamais deixarei de olhar. Prometa pra mim nunca pensar que está sozinho, pois você não está. Eu e Papai olhamos a todo momento por você.
E quando sentir uma dor, uma saudade insuportável no peito, olha para o céu ou para a natureza, procure algo que te deixe feliz, serei eu olhando para você.
A mamãe te ama muito.
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Beijos,
Julia

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Eu o conheço melhor que a mim mesma

- Eu sei tudo sobre ele! - ela dizia pras amigas, com um olhar sonhador, sem perceber que ele estava por ali, ouvindo - Sei quando ele está triste apenas por seu sorriso fraco e seu olhar perdido, quando está apaixonado ele fica todo bobão, quando está com ciúmes, tenta disfarçar mas não consegue, sei quando ele quer apenas agradar, ou quer um abraço, sei quando está ansioso.
" Quando ele sorri o único sorrido de canto da boca que sabe é porque só está falando com você por educação, quando revira os olhos e suspira é porque não gostou do que ouviu, quando quer um abraço ele não pede, mas fica te olhando até você abraçar, quando emite um som estranho pela boca e sorri é porque não está gostando de falar com você, mas está adorando o fato de falar com você. Às vezes ele se livra rápido dos abraços por medo do que os outros vão pensar, e eu sei que é impossível ficar brava com ele por muito tempo.
" Eu o conheço melhor que a mim mesma... "
Ela sorria por tudo aquilo. E ele fora de vista sorria também, encantado com o que ouvira. Saiu de trás da mureta e disse:
- E eu sei quando está triste apenas por olhar pra você - ela se assustou, pois não sabia da presença dele e não tinha ideia até onde escutara a conversa, mas pelo visto, escutara a conversa inteira - Sei quando está carente ou quando está com TPM, sei também quando está amando, sei quando quer me agradar, me irritar, sei usar as palavras exatas com você. Sei também que quando está triste sai correndo pra me dar um abraço, e nunca responde quando eu pergunto se está tudo bem, mas adora quando eu pergunto. Quando não dou muita atenção pra você ou quando sou grosso, não fala comigo até eu ir conversar com você, e logo me perdoa. Eu conheço mais a você do que a mim mesmo... eu acho que estamos amando - ele sorriu.
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Beijos,
Julia

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Eu não to preparada"

"Eu não to preparada"
A típica frase feminina. A frase que eu achei que nunca usaria, agora passava pela minha mente.
"Eu não to preparada"
Eu estava a poucos passos do futuro, a poucos segundos de deixar tudo para trás. As conversas, risadas, até os professores me fariam falta...
Se eu pudesse sair correndo pela porta, eu o faria. Se fosse preciso até voltaria no tempo, só para adiar mais esta data, e então, quando estivesse pronta para tudo isso, eu voltaria. Promessa!
Mas isso tudo ainda não era possível de ser feito, aquilo, era algo que eu tinha que enfrentar, ali, sozinha e agora.
Eu estava de braço dado com ele, o melhor amigo do mundo. Olhei para ele, pensativa. Será que ele estava pronto? Pronto pra deixar tudo pra trás... Deixar nossas histórias para trás, tudo o que todos nós vivemos juntos.
Entramos no salão, pais, professores, alunos... Será que estavam preparados e eu era a única que não estava pronta para nada daquilo? Será que eu era a única que não queria deixar o passado para trás? É... eu não estava com coragem suficiente para enfrentar a faculdade, sei disso, e por isso não queria passar pelo baile de formatura, era a marca que finalizava tudo o que vivi, era a marca do meu passado e a entrada pro futuro, extremamente aterrorizante.
Parecia que o futuro ou a faculdade, encare como quiser, era um monstro de cinco olhos, roxo, gigante, e assustador, que agora acenava contente pra mim.
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Beijos,
Julia

domingo, 23 de janeiro de 2011

Podia ser tudo diferente

Eu estava me divertindo com Victor! Ele fazia eu me sentir uma mulher, não apenas uma garota.
Nós não tinhámos muito papo, ele não conseguia dizer meu nome corretamente, e eu odiava ficar na biblioteca estudando enquanto ele me observava, com um penca de meninas me encarando duramente o tempo inteiro, mas enquanto estávamos ali no meio do salão dançando, eu estava bem feliz, estava sendo divertido!
E então minha cabeça se lembrou de algo, meus olhos voaram pelo o salão procurando dois garotos... Achei Harry e Ron sentados afastados de tudo, Ron estava de cara amarrada e encarava Victor fechando as mãos em punho.
Eu realmente queria que os dois estivessem se divertindo com Parvati e Patil, mas pelo visto... não estavam.
Eu adoraria ter ido ao baile com Ron, eu me divertiria muito com seus passos de danças desajeitados, mas ele não me chamou. Me deixou como última opção, como sempre! Eu odiava quando Ron esquecia de mim.
Se eu tivesse ido com Ron talvez tudo mudaria, seu jeito, minha "amizade" com Victor, meus sentimentos à flor da pele.
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Beijos,
Julia

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Perdi meu coração

E daí, do nada, senti meu peito vazio. Foi de repente, inesperado.
Eu demorei meses pra entender o havia acontecido, até que como um estalo eu entendi, estava sem coração! É, eu sei que parece estranho e bem dolorido, e acredite, é mesmo, mas não tenha dó de mim, meu coração foi buscar um lugar melhor.
Eu comecei a pensar que meu coração tivesse fugido, sei lá, talvez meu peito andasse dolorido demais para aguentar o peso do meu coração, isso o estava machucando também e ele fugiu.
Eu queria meu coração de volta, pois doia, doia como se doí quando se ama alguém e não é correspondido, doía como quando dói perder alguém, doía como quando você termina um noivado ou um namoro de anos... doía absurdos!
Comecei a pesquisar, procurar soluções. Consultei minhas amigas e elas simplesmente não compreendiam. Foi então que eu resolvi colocar cartazes pela cidade e um classificado no jornal: "Procura-se um coração. O meu coração. Por favor, se viu ele andando por ai, me avise, não o ignore, ok? Se você o viu vagar sozinho por ai, não precisa me devolver, ao menos que ele queira voltar a morar no meu peito, caso contrário, pegue-o pra você, porque sei que se ele tiver os cuidados necessários, o vazio no meu peito sumirá, a sujeira que está aqui será limpada, tudo ficará bem e feliz. A todo o tempo que ele estiver com você, cuide dele como se fosse seu, lustre-o todo dia, alimente-o com carinho, ele lhe retribuirá e eu ficarei agradecida. Não o machuque, por favor, talvez ele não aguente mais alguma decepção. Se você não o quiser mais, fale com calma, não seja rude, cumpra a tua promessa de não machucá-lo até o fim e o coloque no achados e perdidos, talvez outro alguém o ache. Obrigada"
Eu passei um bom tempo procurando por ele, mas não achei. Cheguei a conclusão de que alguém o havia encontrado e estava dando conta do serviço, meu peito não doeu mais, o vazio que havia lá sumiu, eu encontrei um cara especial e tudo ficou bem... na verdade, ótimo.
Algumas pessoas que leram o anúncio provavelmente se perguntaram porque eu fiz isso, e eu sempre achei que fosse meio óbvio, mas parece que não era. Eu coloquei aquele anúncio no jornal porque meu coração precisava de alguém que cuidasse dele bem, ele precisa de alguém leal, fiel, e concordasse com ele. E talvez, essa pessoa especial fosse aquela que tivesse a capacidade de ver meu coração e não fugir, de vê-lo, gostar, e pegar para si. Esse sim, seria um ótimo dono pro meu coração.
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Beijos,
Julia