sábado, 26 de março de 2011

Verdades malditas

Hoje eu me deparei com uma verdade tão ruim. Na verdade, eu sempre soube desta verdade, mas ela nunca me atingiu, talvez, porque eu não tenha percebido o peso e o sentido dessa verdade.
Essa verdade nunca fez diferença pra mim, mas hoje fez. Porque uma onda de tristeza atingiu minha alma e tomou conta de mim.
A morte.
Eu nunca a temi, mas hoje foi completamente diferente. Hoje eu tive medo do fim da vida.
Pois... não é desesperador você saber que tudo o que você está vivendo agora, um dia não vai mais ser nada!? Não é estranho alguém estar lá, e de repente... PUF, não está mais?
Eu não senti isso quando meu avô se foi. Eu não senti tristeza, raiva, medo ou dor, nada. Não que eu seja fria, mas não senti como se ele tivesse ido embora pra sempre, eu senti como se ele estivesse em casa, vivendo, mas eu não pudesse ir visitá-lo.
Mas na verdade, é isso mesmo, não é? Quando alguém morre significa que ela voltou pra casa e que você ainda não pode ir visitá-la, não é mesmo?
Sabe, eu não fui no enterro dele, eu queria ter uma lembraça boa de meu avô, não uma lembrança ruim como aquela. Então, eu não fui. Talvez por isso eu pense que a morte é um retorno para casa.
Por tudo isso, não me importaria se eu morresse e alguém não fosse ao meu enterro, se ela se sentir melhor não indo, melhor não ir.
Mas a morte... esse meu medo repentino de morrer, me fez pensar que a vida passa muito rápido, e eu quero aproveitá-la o máximo que puder!
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Beijos,
Julia

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